Maior financiadora de imóveis do país, a Caixa Econômica Federal anunciou medidas de estímulo ao crédito imobiliário para alavancar as vendas do mercado neste ano. A instituição pretende adicionar 16,1 bilhões de reais para o financiamento de imóveis, ao mesmo tempo em que o ritmo de vendas no setor vem diminuindo.
Por outro lado, isso significa que os preços dos imóveis não devem ficar estagnados. E não é só a Caixa que está mexendo os pauzinhos nessa direção. O governo federal estabeleceu novas regras também para os bancos privados, além dos públicos.
Então, não é uma boa hora para o seu cliente comprar a casa própria? Nesse sentido, você deve apresentar as melhores condições de financiamento no mercado imobiliário. Veja, abaixo, como recorrer as linhas de crédito:
Como funciona
De forma resumida, o financiamento é mais ou menos uma espécie de transferência de dívida. No caso de uma compra imobiliária, o banco assume e paga a dívida do comprador com o vendedor. Aí, quem solicitou o empréstimo tem mais de trinta anos para quitar a dívida com o banco. É claro que, à medida que o tempo passa, os juros vão acumulando. Por isso, é fundamental pesquisar bem as melhores condições de financiamento.
O passo seguinte à pesquisa é se dirigir até uma agência do banco e verificar com o gerente quais os pré-requisitos para garantir o crédito. Todos os casos precisam estar com o nome limpo no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e no Serasa.
A partir daí, os bancos montam um programa que facilita o pagamento do financiamento durante anos. Segundo o Uol Economia, o valor das prestações são calculados a partir da renda do comprador, de forma que as parcelas do crédito não podem ser maiores do que 30% da renda familiar bruta do financiado.
O que é preciso para financiar
Quanto à parte mais burocrática, de acordo com Uol Economia, são necessárias cópias originais do RG e CPF, comprovantes de estado civil e renda (holerites, extratos bancários e declarações de Imposto de Renda) para iniciar um financiamento imobiliário. Lembrando, é claro, que se a compra for feita por um casal, ambos devem apresentar os documentos.
Aos autônomos, a comprovação de renda pode ser feita com um contrato de prestação de serviços, declaração de Imposto de Renda, recibo de recebimento por trabalhos prestados, declaração de sindicato da categoria ou mesmo uma Declaração Comprobatória de Recepção de Rendimentos (Decore), feita por um contador. Trabalhadores informais preenchem uma ficha de cadastro. O gerente informará em cada caso quais os documentos necessários.
Tipos de financiamento
FGTS: o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço faz parte do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). As pessoas que podem participar são aquelas que atingem determinada renda familiar máxima, um valor que varia de acordo com a região do país.
SBPE: já no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, não há limite de renda. Por outro lado, caso o valor do imóvel financiado esteja nos limites do SFH, as taxa de juros não podem ser superiores a 12%, o que geralmente acontece.
Construtoras: a vantagem é que, nesse caso, o financiamento oferece mais flexibilidade de negociação. Há riscos maiores para os compradores, é verdade, uma vez que a construtora pode financiar o imóvel com algum banco. Assim, a casa ou o apartamento fica hipotecado a esse banco. Se a empresa falir, ela deixa a dívida com o banco e o comprador pode perder a casa.
Minha Casa Minha Vida: a Caixa fornece a possibilidade de financiamento pelo programa do governo federal. Para participar do programa, o limite de renda mensal bruta das famílias deve ser de 5 mil reais, enquanto o valor máximo do imóvel deve ser de 190 mil reais. Aqui, o valor pode ser 100% financiado, com parcelas divididas em até 240 meses.
Se o seu cliente passar por todas essas etapas sem problemas e garantir que está em condições de arcar com a dívida, a liberação de crédito é aprovada. No entanto, o crédito não é liberado automaticamente, há um período de validade que varia de acordo com cada banco.