O corretor de imóveis é um profissional cuja renda é extremamente variável. Existem os períodos das vacas gordas e as épocas de seca. E é essencial que o profissional saiba como balancear seus ganhos para que seja possível pagar todas as suas despesas mensais. Além disso, é importante sempre pensar no futuro, aposentadorias e despesas emergenciais. Tudo isso faz parte da educação financeira, o assunto do artigo de hoje.
A variabilidade da renda
Suponha um corretor que venda, em uma única semana dois apartamentos, um de R$ 200.000,00 e outro de R$ 300.000,00. Nesta única semana o corretor faturará cerca de R$ 30.000,00 em honorários. Se você for este corretor, o que você faria com este dinheiro? Qual seria sua primeira ação?
Alguns já receberão o dinheiro pensando no carro, que já deu uns problemas e está precisando ser trocado. Outros pensaram no imóvel atual, que parece ter ficado pequeno e a sensação de pouco espaço só piorou no momento que você tirou seu extrato no banco.
Existem também os corretores que já pensam na viagem do sonhos para o exterior. Afinal de contas será bom mostrar para os filhos que o curso de inglês que eles estão fazendo é realmente importante. E qual é o melhor lugar para mostrar isso? Quem sabe na Disney?
Enfim, não há nada de errado em realizar qualquer uma destas ações, é um sonho realizado. Mas precisamos sempre ter um planejamento financeiro rígido. Uma pergunta importante de se fazer é a seguinte: quando você venderá o próximo imóvel? Neste mês? No próximo?
Essa alta variação dos ganhos é que torna ainda mais importante que o corretor tenha uma educação financeira. E, de acordo com muitos especialistas no assunto, o primeiro passo é guardar para o futuro.
A aposentadoria
Qual a porcentagem dos seus ganhos que você destina para a sua aposentadoria? Alguns guardam 10% todo mês, outros 20%. Mas muitos acabam recorrendo àquele recurso no momento de aperto. Isso é errado.
Sim, este é um assunto delicado, afinal de contas existem vários tipos de emergências financeiras. Mas o ideal é que você sempre guarde uma porcentagem do seu dinheiro totalmente visando a sua aposentadoria. Esse valor não será tocado a menos que seja realmente importante.
E fazer a viagem dos sonhos é importante! Mas não é importante o suficiente para impedir que você tenha uma aposentadoria tranquila. O mesmo vale para a compra de um carro novo, ou uma mudança para um imóvel maior e espaçoso. Mas tudo deve ser pensado considerando o futuro, e isso é algo que nós brasileiros temos muita dificuldade em fazer. Talvez porque não temos aulas de educação financeira quando novos, algo que já existe no currículo de escolas europeias, por exemplo.
O que fazer?
Pagar o INSS ou uma previdência privada confiável é uma boa ideia. Claro, se optar pela previdência privada pesquise mais sobre a instituição para ter certeza que seu dinheiro estará sempre ali. Lembre-se que este é um investimento para um futuro bem distante.
Outra opção é investir o dinheiro por conta própria. Compra de títulos do tesouro ou investimento em fundos e até mesmo no mercado de ações são opções válidas. Mas é importante notar que você precisará fazer várias pesquisas e sempre se manter informado sobre o mercado financeiro para que seu dinheiro tenha um bom rendimento.
Uma dica importante é: a aposentadoria não vai para a poupança! Os juros da poupança mal conseguem acompanhar a inflação, logo é possível perder dinheiro com o tempo. E se estamos falando em um dinheiro que ficará guardado por 30 a 40 anos, então a quantia de dinheiro perdido pode ser bem significativa.
E lembre-se, tente investir entre 20% e 30% dos seus ganhos na sua aposentadoria.
Então é só isso?
Você pode pegar, então, o honorário de R$ 30.000,00, tirar R$ 10.000,00 para a sua aposentadoria e usar o resto para levar a família para Paris, certo? Não é bem assim. Veja bem, a educação financeira não leva em conta só a sua aposentadoria. Você também precisa pensar no futuro próximo, dos meses seguintes.
Pense em você e nos seus colegas, qual o tempo máximo que um de vocês já ficou sem conseguir vender um imóvel? O ideal, por exemplo, é ter uma poupança de emergência no valor de 6 salários mensais. Se você não sabe qual o valor do seu salário você pode fazer o seguinte:
- Somar todos os ganhos do último ano e dividir por 12, obtendo seus ganhos médios mensais;
- Somar todas as suas despesas dos últimos seis meses (mas são todas mesmo!), adicione uma porcentagem de segurança, e chame isso de um “salário emergencial”. Que é um valor que é suficiente para sustentar você e a sua família por seis meses.
Mantenha este valor na sua poupança (ou melhor, algum outro investimento de alta liquidez). E esta será a quantia de emergência. Se surgir uma despesa médica inesperada (ou algo similar) você pode utilizar este recurso. Se seu carro quebrou e você precisa muito de um automóvel para trabalhar, então este dinheiro também pode ser utilizado.
Mas é importante frisar que é em caso emergencial mesmo. E caso você utilize este recurso, já comece o planejamento para repor o mesmo ao longo dos próximos meses.
Educação financeira não tem fim
Uma vez que você entende os conceitos básicos acima e começa a aplicar os mesmos, é necessário começar a entender como melhor aproveitar os seus recursos. Os seus gastos são diversos, divididos entre alimentação, educação, saúde, lazer, higiene pessoal, habitação, e muito mais.
Estudar a porcentagem dos seus ganhos que vai para cada um destes setores, tentar entender os mesmos e gerenciar seu dinheiro cada vez melhor é essencial.
Recomendamos que você continue buscando mais sobre este assunto, afinal de contas a educação financeira é essencial para que você realmente se sinta realizado. Tanto para um corretor de imóveis quanto para qualquer outro profissional.
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