Quem ainda não tem recursos financeiros para comprar um imóvel próprio busca na locação de um imóvel uma solução imediata. Regida pela Lei do Inquilinato (Lei 8.245/91), a locação tem uma série de peculiaridades e exige muito cuidado por todas as partes envolvidas na negociação, isto é, proprietário, inquilino e corretor.
Por exemplo, antes da assinatura do contrato que geralmente dura três anos com possibilidade de renovação, é preciso ter muito bem definido quem será o responsável pelo pagamento do IPTU, como será feito o reajuste e, principalmente, qual será o modelo de garantia do inquilino para o locador. Esta última definição é fundamental para evitar casos de inadimplência.
Entre os modelos de garantia, podemos citar as tradicionais opções de fiador e de depósito caução e a mais recente seguro-fiança. Para você entender melhor como funciona cada garantia, preparamos, abaixo, um resumo de cada uma. Confira:
Fiador
Consolidada no mercado de locação, a figura do fiador é, normalmente, algum parente ou amigo do inquilino que assume a responsabilidade pela falta de pagamento. Aqui, a maior vantagem desse modelo é de ser gratuito. Isso porque o fiador só será acionado em último caso.
Mesmo perdendo espaço nos últimos anos, o tipo de garantia mais comum ainda continua sendo o fiador. De acordo com o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), quase metade das locações consumadas (46,5%) utilizaram esse meio de garantia.
Depósito caução
O depósito caução também é uma prática muito comum, representando 34,5% das garantias de locação. A caução pode se dar em bens móveis ou imóveis que devem ser registrados no cartório. Em resumo, se houver atrasos nos pagamentos, você coloca seus bens à disposição para quitar a dívida. Mas a caução também pode ser em dinheiro, isto é, depositar em caderneta de poupança o valor equivalente a três meses de contrato.
Seguro-fiança
Funciona mais ou menos como as outras garantias. Aqui, o inquilino chega a pagar, anualmente, 2 vezes o valor do aluguel a uma empresa terceirizada. Por exemplo, para um aluguel de 700 reais, o seguro-fiança custa 1.400 reais por ano.
Todos os envolvidos saem ganhando. De um lado, o proprietário tem a certeza de que vai receber o aluguel da empresa de seguros, caso o inquilino deixe de pagar. Por sua vez, o locatário consegue fechar o contrato de locação, mesmo sem encontrar um fiador ou ter dinheiro para o depósito caução. E tem mais. A maioria das empresas de seguros ainda oferece serviços de manutenção gratuitos para quem fechar essa garantia. O modelo representa 19% dos contratos de locação fechados.
Reajustes no aluguel
Sabendo como funciona cada tipo de garantia, você está quase pronto para assinar o contrato de locação. Mas, antes de o seu cliente fazer isso, vale lembrá-lo que, anualmente, o aluguel sofre um pequeno reajuste que varia de acordo com Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M).
Pronto, agora você já sabe tudo para fechar um contrato de locação sem dor de cabeça!